O mais importante na vida, de fato, é o amor. O
sociólogo Bauman disse que o amor e a morte são os dois personagens principais
da história da humanidade. Não podemos penetrar duas vezes nem no amor e nem na
morte, pois são acontecimentos únicos. E quando eu falo em amor, no que vocês
pensam? Aposto que vocês pensaram primeiro em seus namorados, maridos, ou no
crush. Resumindo: Quando alguém fala de amor, ou quando pensamos no amor, é
comum, principalmente entre os adolescentes, a nossa mente ligar-se ao
pensamento da união entre um homem e uma mulher.
Isso acontece porque, como afirma à psicóloga,
Damasceno, o ser humano passa grande parte de sua vida buscando realizar suas
fantasias, preencher o seu vazio existencial, suprir suas carências, buscando
no outro, já idealizado, a realização de todos os seus anseios. Todos querem
amar e ser amado, ansiando pelo mito do amor incondicional. Muitas mulheres
desejam uma vida de Cinderela, onde o amor romântico, que é idealizado, afasta
os problemas do cotidiano, onde príncipes e princesas serão “felizes para
sempre”.
Contos de fadas, na nossa infância, eles formulam o
nosso primeiro pensamento sobre o amor romântico: Eu (você), a Cinderela ou a
Branca de neve do mundo real, mulher passiva, bondosa, prendada nos serviços
domésticos, espera passiva e pacientemente a chegada do príncipe encantado, que
nós salvará de uma vida de miséria ao propor casamento. Simone de Beauvoir
disse que o casamento é o destino
tradicionalmente oferecido às mulheres pela sociedade. Desse modo, é possível que as suas
bisâvos tenham ensinado as suas avôs, e as suas avôs doutrinaram as suas mães,
e talvez as suas mães instruíram vocês a pensar que a coisa mais importante que
uma mulher pode alcançar na vida é o casamento. Ou talvez isso não aconteceu;
pois, felizmente, os tempos estão mudando.
A
escritora africana Chimamanda afirma que como mulher a sociedade espera que
tomemos decisões pensando no casamento, o qual pode ser “uma fonte de alegria,
amor e apoio mútuo”, porém a autora salienta que esse pensamento é ensinado
apenas as garotas, o ciclo masculino é deixado de fora.
Nós, mulheres,
somos seres incríveis, assim, podemos fazer o que quisermos,
sermos o que quisermos, mas poucas de nós fazem ou se tornam. Quando todas as
mulheres perceberem que não precisam de um homem ao seu lado para se sentirem
incríveis e felizes, não precisam casar para se sentirem realizadas, quando
percebemos que apesar de tudo o que a sociedade e a mídia diz sobre nós, e de
como devemos agir, quando você perceber que tudo isso é bobagem estará livre
para fazer o que quiser (casar ou ser solteira). Ser o que quiser. Quando
tiramos a venda do amor romântico que não é construído na relação com a pessoa
real, mas sobre a imagem que se faz dela, trazendo a ilusão de amor verdadeiro.
Começaremos a ter amor próprio, e afastaremos de nossas vidas as relações
destrutivas e doentias. A sua alegria depende de você e não do outro de nossas
vidas as relações destrutivas e doentias. A sua alegria depende de você e não
do outro.
*Todos os textos desse blog são de autoria da escritora Sidy Batalha, desse modo, a reprodução do conteúdo sem permissão da autora é terminantemente proibida.
*Todos os textos desse blog são de autoria da escritora Sidy Batalha, desse modo, a reprodução do conteúdo sem permissão da autora é terminantemente proibida.